sábado, 14 de abril de 2012
Obra inédita de Deífilo Gurgel será lançada em Natal.
Livro reúne um dos mais ricos apanhados da oralidade dos romanceiros tanto de origem Ibérica, quanto brasileira
A Coleção Cultura Potiguar, que reúne os mais diversos temas da literatura norte-rio-grandense, da Secretaria Extraordinária de Cultura do RN e Fundação José Augusto (SECULTRN/FJA) terá mais uma obra entre seus títulos. Dessa vez, uma das mais ilustres: O Romanceiro Potiguar, que será lançado na quarta-feira, 18, no Palácio Potengi - Pinacoteca do Estado, às 19h. O livro será adquirido ao preço de R$ 40,00.
O Romanceiro Potiguar é uma obra inédita do folclorista e pesquisador Deífilo Gurgel - falecido em fevereiro deste ano - fruto de uma pesquisa realizada entre as décadas de 1980 e 1990 e que reúne um dos mais ricos apanhados da oralidade dos romanceiros tanto de origem Ibérica, quanto brasileira. O livro conta com ilustrações do presidente do Conselho Estadual de Cultura, Iaperi Araújo.
De acordo com Alexandre Gurgel, seu pai Deífilo Gurgel conversou com muitas pessoas para a elaboração d´O Romanceiro Potiguar, como por exemplo, seu Atanásio, detentor deste saber popular e pai de outra conhecida romanceira, Dona Militana, que também figura na pesquisa, dentre muitos outros. Com esse feito, andando de norte a sul pelo Estado, Deífilo Gurgel conseguiu compilar romances que fazem parte do cancioneiro popular, desde as origens Ibéricas (da Espanha e Portugal), passando pelos romances Religiosos, do Cangaço, da Caatinga e da Pecuária. "Ele viajou o Estado inteiro e conseguiu reunir uma obra que preserva pelo menos cinco origens de Romances. E o mais importante desse trabalho é que ele conseguiu colher versões inéditas de alguns romances", informa o filho.
Para a secretária Extraordinária de Cultura, Isaura Rosado, O Romanceiro Potiguar dignifica o plano editorial do Governo do Estado conduzido pela Secultrn/FJA. "Deífilo pesquisou em sítios, vilas, povoados, nos espaços mais distantes do RN, seu trabalho é reconhecido para além do solo potiguar. Pensando em cultura de tradição, a assessoria de Deífilo sempre foi imprescindível. Digo isso para atestar minha admiração enquanto gestora, ao pesquisador, amigo, estudioso da cultura popular. Digo isso para expressar o quanto nos orgulhamos de Deífilo e o quanto as gerações que nos sucederem serão gratas a ele pelo registro e proteção às nossas raízes", disse ela em apresentação da obra.
O poeta e membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, Paulo de Tarso Correia de Melo, é quem faz a abertura do Romanceiro Potiguar, a convite do próprio Deífilo Gurgel e em determinado trecho revela o apuro e dedicação deste que, certamente, foi um dos maiores estudiosos da cultura popular no RN e no Brasil: "O milagre é o mesmo de seus outros livros de pesquisa folclórica. A documentação precisa e conscienciosa de sempre. O relacionamento exato de fontes, lugares e datas da situação de pesquisa.
O trabalho e pesquisa de Deífilo Gurgel foram realizados de maneira solitária, já que não conseguiu bolsistas ou outros interessados na pesquisa. E assim, aos 70 anos, Deífilo Gurgel de dispôs a "cansativas", porém "gratificantes" viagens pelo Rio Grande do Norte "à cata das últimas pepitas desse fabuloso tesouro, representadas pelas quase trezentas versões de romances, que coletamos nas mais diversas regiões do nosso Estado, dos romanceiros peninsular e brasileiro", escreve o próprio pesquisador em seu livro, agora póstumo.
O livro é constituído das seguintes divisões: Romances Ibéricos e Romances Brasileiros, que se subdividem da seguinte forma: Romances Palacianos, acontecidos entre a nobreza europeia; Romances Religiosos ou Sacros, que falam da vida de Jesus e de episódios ocorridos na vida de santos do catolicismo; Romances Plebeus, da gente do povo; Romances da Pecuária, que contam a vida de bois legendários: Boi Espácio, Boi Misterioso, Boi Surubim; Romances do Cangaço, relatos da vida e da morte de valentões sertanejos, desde épocas remotas: “Zé do Vale”, “O Cabeleira” e vários outros; Romances Burlescos, encenados outrora em teatrinhos mambembes e circos de cavalinhos. Ao todo são 330 versões de romances ibéricos e brasileiros.
Fonte: Gazeta do Oeste.
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